Ao chegar da farra de madrugada, viu pela primeira vez o tal
Mestre G pela televisão. Em segundos a o malandro percebeu que de bicha, como
sua mulher falava, o homem não tinha nada.
A experiência em safadeza o advertiu que o tal Mestre poderia
estar enrabichado por sua mulher. Ficou ensimesmado o resto do dia.
Corroído pela desconfiança procurou consolo na cachaça e quando
Nazaré chegou em casa encheu-a de bolacha. A surra foi tão grande que ele
quebrou o braço dela com o banco da cozinha. Os vizinhos chamaram a polícia que
prendeu Zoião em flagrante. As crianças ficaram com amigos enquanto Nazaré foi
levada para fazer a perícia e ter assistência médica.
Nazaré falou para a polícia e para os amigos que nunca Zoião
batera tão forte, que ele parecia ter enlouquecido.
Mestre G soube do caso pelo secretário, imediatamente foi visitar
Nazaré, levou flores, chocolate e balas para as crianças. Prometeu a crioula que
faria tudo para liberar o seu marido.
Seis meses depois numa tentativa de rebelião no presídio, José
Aluízio Alípio morreu e um ano após sua morte, Gervásio Manoel Miranda desposou
Ana Maria Castro de Furtado, moça de classe média, evangélica fervorosa que
conseguiu depois de muito esforço, converter o noivo.
Gervásio Manoel Miranda, convertido, tornou-se o Pastor Miranda,
fundador da Igreja do Jesus Aventurado.
Nazaré foi morar na antiga casa do patrão. Ela e seus três filhos:
os dois meninos de Zoião e sua filha
Manoelinha.